sábado, 13 de novembro de 2010

Sobre o inconsciente e as discussões de trabalho...

O presente...
Nossa, eu já estou adaptada a escrita acadêmica...Qualquer texto que eu venha a escrever parece estar intimamente ligado ao gênero textual artigo científico, monografia, dissertação, etc... Bem, ranços da minha trajetória em produzir textos destinados à socialização ao estilo CNPq.

Recordo bem a primeira vez que recebi o elogio acerca de uma produção textual minha (percebem o rebuscamento do vocabulário excessivamente acadêmico?). A responsável pelo fato inesquecível, Rosângela, minha professora de inglês e português durante anos, da  4ª série do Ensino Fundamental I  até a 8ª série do Ensino Fundamental II.
Vale a pena comentar, imaginem: uma ex-modelo que até em calendário, tipo esses excessivamente  sensuais, teve sua imagem eternizada na fotografia em que usava um... (...) Quase um biquíni branco para não entrarmos em detalhes... Sempre muito bem vestida e com a pronúncia das palavras sempre muito bem “ditas”, ela: “Moçinha, você tem talento viu! Que texto criativo! Leia esse livro aqui (escreveu no verso do meu primeiro conto, Pollyana).”
Sim, eu não tinha livros e comprar seria inviável... A crise mundial e a transição da nossa moeda estavam no auge (para variar), cruzeiros eram raros! E gastá-los com livros significaria ficar sem café da manhã, almoço e jantar durante uma semana!!! Não estou exagerando!
Mas essa minha vocação para a escrita entendo foi desenvolvida muito cedo e com inspiração divina, literalmente... Sou batizada, fiz primeira comunhão e crisma... Pulei a etapa “casamento”... (Graças a Deus, pois teria me arrependido. Os Reais $, ainda mais escassos que os cruzeiros me fizeram muita falta e imagina ter desperdiçado com celebrações e “prestação de contas sociais”...) Bem, desenvolvi a habilidade de “brincar” com as palavras... Me identificam fácil exatamente por isso e assim, não costumo deixar meus textos anônimos. Colocá-los em um blog foi uma idéia copiada de muitos e muitas outras idéias que já vi e me identifiquei com a proposta, mas, penso que essa minha iniciativa tem um diferencial circunstancial, pois busco não apenas colocar meus textos, mas sim produzi-los e apresentá-los a partir das teorias que circundam a minha experiência acadêmica vivencial aliada ao meu cotidiano na vida e no trabalho, imersos em um contexto histórico social... Ora dialogo eu comigo mesmo, ora com Paulo Freire, Michel Foucault, João Francisco de Souza, Adorno, Kant, Platão, etc, etc.
Nessa investida nada original, mas muito verdadeira, penso encontrar e compartilhar com as pessoas uma forma mais “viva” de entender a teoria e a prática como processos inerentes do ser humano, considerando que esses processos se dão tanto de formas conscientes como de formas inconscientes.
Para variar, texto muito longo para quem se propôs a explanar sobre o inconsciente e as discussões de trabalho...

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